segunda-feira, 31 de agosto de 2015

MITOS SOBRE O SUICIDIO

A Organização Mundial de Saúde aponta 10 mitos que envolvem a problemática do suicídio, que são bastante conhecidas:
Mito 1 -  As pessoas que falam sobre suicídio não farão mal a si próprias, pois querem apenas chamar a atenção. Isto é FALSO. Todas as ameaças de se fazer mal devem ser levadas muito a sério.
Mito 2 - O suicídio é sempre impulsivo e acontece sem aviso. FALSO. Morrer pelas suas próprias mãos pode parecer ter sido impulsivo, mas o suicídio pode ter sido planejado durante algum tempo. Muitos indivíduos suicidas comunicam algum tipo de mensagem verbal ou comportamental sobre as suas ideações da intenção de se fazerem mal.
Mito 3 - Os indivíduos suicidas querem mesmo morrer ou estão decididos a matar-se. FALSO – A maioria das pessoas que se sentem suicidas partilham os seus pensamentos com pelo menos uma outra pessoa, ou ligam para uma linha telefônica de emergência ou para um médico, o que constitui prova de ambivalência (desejo confuso), e não de empenho em se matar.
Mito 4 – Quando um individuo mostra sinais de melhoria ou sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo. FALSO. Na verdade, um dos períodos mais perigosos é imediatamente depois da crise, ou quando a pessoa está no hospital, após uma tentativa. A semana que se segue à alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente fragilizada e em perigo de se fazer mal. A pessoa suicida muitas vezes continua em risco.
Mito 5 – O suicida é sempre hereditário. FALSO. Nem todos os suicídios podem ser associados à hereditariedade e estudos conclusivos são limitados. Uma história familiar de suicídio, no entanto, é um fator de risco importante para o comportamento suicida, particularmente em família onde a depressão é comum.
Mito 6 – Os indivíduos que tentam ou cometem suicídio têm sempre alguma perturbação mental. FALSO. Os comportamentos suicidas têm sido associados à depressão, abuso de substâncias, esquizofrenia e outras perturbações mentais, além de aos comportamentos destrutivos e agressivos. No entanto, esta associação não deve ser sobrestimada. A proporção relativa destas perturbações varia de lugar para lugar e há casos em que nenhuma perturbação mental foi detectada.
MITO 7 – Falar sobre suicídio pode dar a ideia de suicídio à pessoa. FALSO. Na verdade, reconhecer que o estado emocional do individuo é real e tenta normalizar a situação induzida pelo stress são componentes necessários para a redução da ideação suicida.
Mito 8 – O suicídio só acontece “aqueles outros tipos de pessoas”, a nós não. FALSO. O suicídio acontece a todos os tipos de pessoas e encontra-se em todos os tipos de sistemas sociais e de família.
Mito 9 – Após uma pessoa tentar cometer suicídio uma vez, nunca voltará a tentar novamente. FALSO. Na verdade, as tentativas de suicídio são um alerta para o suicídio.
Mito 10 – As crianças não cometem suicídio dado que não entende que a morte é final e são cognitivamente incapazes de se empenhar num ato suicida. FALSO. Embora seja raro, as crianças cometem suicídio e, qualquer gesto, em qualquer idade, deve ser levado muito seriamente.
Extraído de: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS).

 Prevenção do suicídio: um recurso para conselheiros. Genebra, 2006. http://www.int/mental_health/media/conselhors_portuguese.pdf

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