A Organização Mundial de
Saúde aponta 10 mitos que envolvem a problemática do suicídio, que são bastante
conhecidas:
Mito
1 - As pessoas que falam
sobre suicídio não farão mal a si próprias, pois querem apenas chamar a atenção.
Isto é FALSO. Todas as ameaças de se fazer mal devem ser levadas muito a sério.
Mito
2 - O
suicídio é sempre impulsivo e acontece sem aviso. FALSO. Morrer pelas suas próprias mãos pode parecer ter sido impulsivo,
mas o suicídio pode ter sido planejado durante algum tempo. Muitos indivíduos suicidas
comunicam algum tipo de mensagem verbal ou comportamental sobre as suas
ideações da intenção de se fazerem mal.
Mito
3 - Os
indivíduos suicidas querem mesmo morrer ou estão decididos a matar-se. FALSO – A maioria das pessoas que se
sentem suicidas partilham os seus pensamentos com pelo menos uma outra pessoa,
ou ligam para uma linha telefônica de emergência ou para um médico, o que
constitui prova de ambivalência (desejo confuso), e não de empenho em se matar.
Mito
4 – Quando
um individuo mostra sinais de melhoria ou sobrevive a uma tentativa de
suicídio, está fora de perigo. FALSO.
Na verdade, um dos períodos mais perigosos é imediatamente depois da crise, ou
quando a pessoa está no hospital, após uma tentativa. A semana que se segue à
alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente
fragilizada e em perigo de se fazer mal. A pessoa suicida muitas vezes continua
em risco.
Mito
5 –
O suicida é sempre hereditário. FALSO. Nem
todos os suicídios podem ser associados à hereditariedade e estudos conclusivos
são limitados. Uma história familiar de suicídio, no entanto, é um fator de
risco importante para o comportamento suicida, particularmente em família onde
a depressão é comum.
Mito
6 – Os
indivíduos que tentam ou cometem suicídio têm sempre alguma perturbação mental.
FALSO. Os comportamentos suicidas
têm sido associados à depressão, abuso de substâncias, esquizofrenia e outras
perturbações mentais, além de aos comportamentos destrutivos e agressivos. No
entanto, esta associação não deve ser sobrestimada. A proporção relativa destas
perturbações varia de lugar para lugar e há casos em que nenhuma perturbação
mental foi detectada.
MITO
7 – Falar
sobre suicídio pode dar a ideia de suicídio à pessoa. FALSO. Na verdade, reconhecer que o estado emocional do individuo é
real e tenta normalizar a situação induzida pelo stress são componentes
necessários para a redução da ideação suicida.
Mito
8 – O
suicídio só acontece “aqueles outros tipos de pessoas”, a nós não. FALSO. O suicídio acontece a todos os
tipos de pessoas e encontra-se em todos os tipos de sistemas sociais e de
família.
Mito
9 – Após
uma pessoa tentar cometer suicídio uma vez, nunca voltará a tentar novamente. FALSO. Na verdade, as tentativas de suicídio
são um alerta para o suicídio.
Mito
10 – As crianças não cometem suicídio dado que não entende que
a morte é final e são cognitivamente incapazes de se empenhar num ato suicida. FALSO. Embora seja raro, as crianças
cometem suicídio e, qualquer gesto, em qualquer idade, deve ser levado muito
seriamente.
Extraído de:
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS).
Prevenção do suicídio: um recurso para
conselheiros. Genebra, 2006. http://www.int/mental_health/media/conselhors_portuguese.pdf
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